sábado, 18 de dezembro de 2010

Psicopatias

Freud baseou todo o seu trabalho na existência do inconsciente e da sexualidade humana., sendo o homem um ser de motivações puramente sexuais e inconscientes. De uma forma geral, a sexualidade resume-se em tudo aquilo que origina prazer no individuo da espécie humana. Um simples conversa pode ser considerado um acto sexual, não pelo seu conteúdo obviamente, mas pela satisfação que os sujeitos estão a obter dessa mesma conversa. Geralmente essa satisfação provem de situações normais e ordinárias da nossa vivência.
Porém, somos confrontados por diversas vezes com capas de jornais a relatarem violações, homicídios em massa sem aparente razão, escabrosos casos de pedofilia entre outras adversidades que conseguem chocar os mais influenciáveis e menos sensíveis á psicanálise. Se reflectirmos à luz da Psicanálise Freudiana, podemos constatar que os sujeitos dessas acções, na realidade estavam a satisfazer as suas necessidades sexuais puramente inconscientes, confirmando, assim, a definição de Freud. Um impulso levou-os a tomar tal atitude, e estes a efectuaram porque não conseguiram reprimir as suas motivações. 
Muito provavelmente, essa repressão não aconteceu por diversas causas: problemas ao nível do desenvolvimento psico-social, frustração acumulada, entre outras razões. Geralmente, estão associadas aos sociopatas e psicopatas infâncias complicadas, durante as quais foram vitimas das maiores atrocidades. 
Para mim, é neste ponto que reside o cerne do problema, a infância da criança. Tal como Piaget, assumo que a infância tem um papel muito importante no desenvolvimento cognitivo da criança, e que todo o seu futuro fica condicionado pelas experiências vividas ao longo dos 16 anos de desenvolvimento mental (desde o nascimento até ao estádio adulto).
Com isto, não quero desculpabilizar nenhuma acção moralmente reprovável, nem incentivar ao acedimento das motivações conscientes, apenas quero despertar as pessoas, nos casos de violação ou homicídio sem motivo aparente, que a pergunta "Porquê?" é muito mais importante que a "Como?".

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