sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O egoísmo racional


O Homem é um ser egoísta por natureza. Podem achar cruel ou um pouco abusiva esta citação, mas não comecem a pensar em condicionantes extremas contra quem escreveu isto, porque eu próprio sou humano. Vejamos desde já a grandiosa capacidade mental, que o ser humano apresenta. Somos tão bem desenvolvidos que primamos pelo excesso, por isso em algumas ocasiões dava jeito ter a mente completamente censurada. Centramo-nos na nossa imaginação, uma capacidade interna mas muito fértil, e que nos permitiu ir mais além, tão além que já imaginamos a maneira de nos extinguir. -Só estou bem a falar mal de alguém! Diz o nosso próximo e nós lá temos de nos afastar, pois temos medo de alguém que nos ameace. Além de falsos, somos medrosos e isto chega para nos classificar. Somos sádicos por natureza, mas tentamos evitar o nosso sofrimento. O que nos importa é o nosso bem, o outro se for amigo (ou seja alguém que aprove as nossas injustiças) vai connosco, se não for paciência, que se desenrasque ou fique fora do baralho estranho, que se restringe a sua elite.
Para quê reprimir, se nós próprios somos reprimidos. Ninguém é obrigado a ser como o outro é, ou ter um consciente diferente. Temos é de nos observar no espelho enigmático da consciência e ver que há gente que sofre e ainda lhe dão um chuto no rabo, com intuito de não atrapalhar a nossa caminhada egoísta para o inferno da vida. Sejamos humildes e conscientes dos nossos falhanços! Porque a vingança está certa e o egoísmo excessivo só traz desprezo!
Não podemos esquecer que a nossa mente, está expressa no que nós fazemos através do comportamento, no entanto podemos controlar, e é nisso que devemos nos aprofundar e não mostrar os nossos defeitos, pois a consciência nos admite, mas o comportamento nos destrói!
Apesar disto, há condicionantes e como diz um célebre psicanalista:
“No desenvolvimento da humanidade como um todo, do mesmo modo que nos indivíduos, só o amor actua como factor civilizador, no sentido de ocasionar a mudança do egoísmo para o altruísmo."   (Sigmund Freud)

Celso Duarte de Sousa

1 comentário:

  1. Uma questão fundamental de todos os tempos e que permanece sempre actual. A meu ver, a situação ideal resultaria de um equilíbrio entre o egoísmo natural do Homem e o altruísmo que decorre da necessidade de partilharmos a nossa vida com os outros. Um equilíbrio sempre difícil, não?

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