domingo, 19 de dezembro de 2010

Freud e a interpretação dos sonhos

Cada vez que sonhamos, a maioria, pensa o porquê de tal sonho e o significado que ele poderá ter. Os sonhos podem ser interpretados de inúmeras maneiras, podendo o mesmo sonho ser interpretado de forma antagónica por entidades diferentes, isto verifica-se quando a observação e o debate de um sonho envolve a religião, a cultura e a própria ciência. 
Do ponto de vista científico o sonhos são experiências imaginárias do inconsciente durante o período de repouso do cérebro, o sono. Um estudo recente do desenvolvimento embrionário permitiu concluir que os fetos também sonham no interior do útero materno. Em algumas culturas e religiões alguns sonhos têm carácter religioso, alguns são interpretados como alerta divido ou visões futuristas. Muitos deles influenciam as pessoas a mudar os seus hábitos de vida ou a realizar acções devido a certo sonho.

Pintura Pierre-Cécile Puvis de Chavannes: O Sonho, 1883.

    Ao longo da história muitos se reocuparam com os sonhos e os seus significados, Freud foi um deles, deu uma grande importância dos sonhos chegando mesmo a publicar uma obra sobre este tema. Em 1901 Freud oferece aos seus seguidores a obra “ A interpretação dos sonhos” (tornando este assunto de carácter cientifico). Esta obra causa uma grande polémica devido ao significado que Freud atribuía aos sonhos. Como vimos nas aulas de psicologia, Freud atribui aos sonhos os desejos mais recalcados do ser humano, os medos, as esperanças, os fetiches sexuais e até vivências traumáticas que um ser humano viveu na sua infância e que estão armazenadas e recalcadas no inconsistente humano. Dentro dos sonhos, Freud, distinguia dois conteúdos: o conteúdo manifesto e o conteúdo latente, em que o conteúdo manifesto estava associado aquilo que o indivíduo é capaz de lembrar e que é consciente e o conteúdo latente são todos os medos e emoções recalcadas que estão subjacentes. A importância da interpretação dos sonhos era tal que Freud utilizava-a como método de investigação nos seus doentes e na psicanálise.

    Freud, com esta obra, defendeu mais uma vez o seu ponto de vista revolucionário de que um ser humano é dominado desde do seu nascimento por desejos, instintos, pulsões especialmente de carácter sexual que tenta dominar e que o indivíduo reflecte nos sonhos.

Sara Mendes

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