Alguns psiquiatras nao enviam os seus pacientes aos psicólogos. Eles confiam no poder da medicação e dão pouca importância à acção psicoterapêutica. Alguns pensam mesmo que a psicoterapia é uma perda de tempo. Embora a psiquiatria e a psicologia devessem caminhar juntas, não poucas vezes andaram separadas, disputando pacientes e prejudicando a evolução deles.
Os psiquiatras têm um poder que os ditadores e Reis jamais tiveram. Através dos antidepressivos e tranquilizantes, eles penetram no mundo onde nascem os pensamentos, onde surgem as emoções. Este poder pode ser muito útil, mas se mal usado, é capaz de controlar e não libertar os pacientes. Em tese, os medicamentos produzem efeitos mais imediatos, enquanto a psicoterapia produz efeitos mais duradouros. No entanto, a psiquiatria não é superior à psicologia. As duas ciências são complementares.Para mim a psiquiatria e a psicologia estão separadas porque a ciência está doente. A psiquiatria e a psicologia desenvolveram-se separadamente no século XX. A psicologia tornou-se uma ciência separada, ensinada numa universidade e a psiquiatria tornou-se uma especialidade médica. Elas deviam unir-se, pois a mente humana não esta dividida, o ser humano é indivisível.Na minha opinião, a psiquiatria devia ser uma especialidade da psicologia e não da medicina. Os psiquiatras saem bem formados na compreensão do metabolismo cerebral e na acção dos medicamentos, mas mal formados na compreensão da personalidade. Os psicólogos, pelo contrário, saem bem formados na compreensão da personalidade, mas mal formados na compreensão do cérebro humano e na acção dos psicotrópicos. Os psiquiatras podem actuar como psicoterapeutas. Mas os psicoterapeutas não podem actuar como psiquiatras, não podem prescrever medicamentos; esta é uma injustiça científica.
Uma questão muito interessante e controversa. Bem visto Helena. E a imagem está muito bem escolhida. O meu filme preferido de sempre... Era fixe se o prof o passasse na aula, Hã?
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