quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Génio: dádiva ou maldição?

Van Gogh, cortou a própria orelha para dar à mulher...

Mozart. A maioria conhece este nome. Escreveu a sua primeira composição musical ainda em criança e tornou-se um mestre musical, para sempre recordado. Por certo, nasceu numa família de músicos, observando o trabalho do pai fascinado, mas será isso suficiente para escrever peças a tão tenra idade? A explicação mais provável é ter nascido um génio.

Na história da música há diversos exemplos de génios musicais, todos fazendo músicas para sempre recordadas, mas todos esses com problemas nas suas vidas. Também Mozart,  não era considerado normal, enviando cartas para a mãe consideradas “piadas de mau gosto”, e isto porquê? A mítica frase “Sexo, Drogas e Rock ‘n’ Roll” existe por uma razão. Os génios musicais tendem a esconder os seus medos e imperfeições com as suas histórias de ir para os concertos quase arrastados por não aguentarem-se em pê. Kurt Kobain, por exemplo, era paranóico, e quer gostemos quer não dele, influenciou uma geração. Peter Green, dos Fletwood Mac, é considerado o melhor guitarrista da sua geração, foi diagnosticado com esquizofrenia e internado por décadas. Tantos génios, todos com problemas. 
Peter Green, o significado literal de "cientista maluco"


Será que vale a pena querermos ser um génio como o Jimi Hendrix, quando jamais poderíamos viver uma vida considerada normal? O mito de trocar a nossa alma por talento com o diabo não existe por acaso. A genética pode dar-nos talento, mas se somos tão bons numa coisa, não consideremos as outras pessoas demasiado burras? Talvez a única solução para nos integrar na sociedade, nesse caso, realmente seja o que milhões fazem: esconder os problemas com outros.



José Nunes

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