quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Inteligência herda-se ou adquire-se?


A generalidade dos especialistas define a inteligência como a capacidade geral para raciocinar, pensar no abstracto, compreender e organizar ideias e reacções e aprender, mas acima detudo, é a capacidade que nos permite solucionar problemas.
Imagem de Inês Madureira
Aliás, a inteligência permite-nos registar informação e geri-la, criar e desenvolver conhecimentos e inventar possibilidades – elementos determinantes da civilização e da evolução.
Para que tudo isto seja atingivel, a inteligência socorre-se da percepção, da atenção, da memória, do pensamento criativo, do autocontrolo, da adaptação social e dá-nos ferramentas e motivação para a tomada de boas decisões. Deste modo, a prática da inteligência é consequência da aplicação de uma série de recursos não apenas intelectuais, mas tembém emocionais, sentimentais e sociais.
 A inteligência não é uma estrutura cognitiva abstracta e independente, não sendo possível isolá-la em laboratório para um melhor estudo; é a expressão do comportamento e, consequentemente, uma manifestação da personalidade. Assim, a nossa capacidade de reflexão, ajuda-nos a alargar a consciência sobre nós mesmos e também sobre o mundo exterior, pelo qual somos influenciados e capazes de agir.
Piaget foi um psicólogo pioneiro no estudo da inteligência e pressopunha que o desenvolvimento é construído pelo próprio sujeito, que tem um papel activo nas mudanças de estrutura de conhecimento. Este pensador tentava compreender como se constróem as estruturas de conhecimento/inteligência e quais os processos mentais subjacentes.
Salientou a importância do sujeito com um papel activo na construção do seu próprio processo de desenvolvimento, criticando por exemplo, a concepção behaviorista de que o sujeito é um receptor passivo das influências do meio, contrariando a ideia de que o homem é unicamente determinado por uma destas dimensões.
Põe em evidência os aspectos qualitativos do pensamento: até então considerava-se que as diferenças de inteligência entre os indivíduos eram diferenças qualitativas, mas Piaget vem salientar a importância das diferenças qualitativas.

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