Processos emocionais
Emoções:
• Experiencias especificas ,não habituais e que não exprimem um ciclo.
• Apresentam a bipolaridade, prazer/desprazer.
• Advém de interpretação de factos como a relação entre pessoas, objectos ou ideias.
• Está associada à questão (Como ?).
• Variam de intensidade, tem uma duração breve e são voltados para o exterior.
• Retratam e movem todas as nossas crenças e movimentos.
• Levam a alterações fisiológicas.
Tipos de emoções:
• Primárias- Universais – Ex.: Alegria, tristeza e medo.
• Secundárias- Sociais – Ex.: Vergonha, ciúme, culpa e orgulho.
• Fundo- Ex.: Bem estar, mal estar, calma e tensão.
Sentimentos:
• Tomar consciência das emoções corporais.
• As emoções são transferidas para zonas do cérebro onde são tratadas e armazenadas e assim temos consciência delas.
• Prolongam-se no tempo (duração longa).
• Dirigem-se para o nosso interior (são privadas, só por nos acessíveis).
• Tem menor intensidade do que as emoções.
• Exemplos: ansiedade, preocupações.
Componentes das emoções:
• Componente cognitiva → Ocorre quando tomamos conhecimento do facto: se não houver conhecimento deste, não se experimenta qualquer emoção;
• Componente avaliativa → Fazemos uma avaliação, agradável ou desagradável, da situação;
• Componente fisiológica → Manifestações orgânicas, corporais face à emoção;
• Componente expressiva → Expressões corporais que permitem mostrar ao outro as nossas emoções;
• Componente comportamental → Comportamento que o sujeito poderá ter face ao outro, é o estado emocional que desencadeia determinado conjunto de comportamentos;
• Componente subjectiva → Relaciona-se com o que o indivíduo sente a nível emocional e interior a que só ele tem acesso, ou seja, é o estado afectivo associado à emoção.
Perspectivas/teorias das emoções:
Perspectiva Evolutiva:
Segundo Charles Darwin:
Darwin procurou traços comuns na expressão de emoções em vários povos, e identificou seis emoções primárias ou universais: a alegria, a tristeza, a surpresa, a cólera, o desgosto e o medo;
Considerou que as emoções têm um papel adaptativo fundamental na história da espécie humana, sendo determinante para a sua capacidade de sobrevivência.
Segundo Ekman:
Defendia que povos diferentes teriam emoções diferentes;
Confirmou a tese de Darwin: há emoções que são universais, independentes do processo de aprendizagem e da cultura em que se manifesta;
Não nega a influência da cultura nas emoções, na medida em que há regras que controlam a sua expressão. Porem, existe um património comum ao nível das emoções e da sua expressão.
Perspectiva Fisiológica:
Defendida por Willians James, que considerava que as emoções resultariam da consciência das mudanças orgânicas provocadas por determinados estímulos;
As emoções resultam das percepções do estado do corpo, das mudanças orgânicas provocadas por estímulos.
O estado de consciência de emoções como a cólera, a alegria, a raiva, resume-se à consciência de manifestações fisiológicas.
Perspectiva Cognitivista:
Afirmam que os processos cognitivos, como as percepções, recordações e aprendizagens, são fundamentais para se perceberem as emoções;
A forma como representamos uma dada situação, como a avaliamos é que desencadeia ou não determinada emoção;
Perspectiva Culturalista:
As emoções são processos aprendidos no processo de socialização;
Consideram que as emoções são uma construção social, que tem que ser aprendidas;
As diferentes sociedades e culturas definem o tipo de emoções que se podem manifestar e como as manifestar;
A sua forma de expressão varia de cultura para cultura, dependendo assim do espaço e do tempo;
Nega a existência de emoções universais: à diversidade cultural corresponde uma diversidade de emoções e das respectivas expressões.
Relação entre razão e emoção, segundo António Damásio:
As emoções e os sentimentos não são um obstáculo ao funcionamento da razão; estão envolvidos nos processos de decisão, segundo a perspectiva de António Damásio;
Se fosse apenas a razão a participar nos processos de decisão, seria muito complicado tomar uma decisão;
Segundo o próprio autor, “a emoção bem dirigida parece ser o sistema de apoio sem o qual o edifício da razão não pode funcionar eficazmente”;
A tomada de decisão é suportada por duas vias complementares:
- Representação das consequências de uma opção disponibilizada pelo raciocínio: avaliação da situação, levantamento das opções possíveis, comparações lógicas, etc.;
- A percepção da situação provoca a activação de experiências emocionais experimentadas anteriormente em situações semelhantes
Damásio remete para o conceito de Marcador somático:
- Mecanismo automático que suporta as nossas decisões;
- Permite-nos decidir eficientemente num curto intervalo de tempo;
- Os marcadores somáticos aumentam provavelmente a precisão e a eficiência do processo de decisão.
João Cardoso
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