quinta-feira, 7 de abril de 2011

Os treinadores deviam de ser psicologos

O conceito de psicologia no futebol cada vez é mais discutindo no mundo do desporto. A presença de um psicólogo no sentido de atenuar possíveis problemas profissionais ou mesmo pessoais tem vindo a ser ponderada pelos clubes de Norte a Sul do país.
Com a situação económica portuguesa que, consequentemente, se traduz por toda a sociedade e profissões, as equipas de futebol, ao avaliarem o orçamento possível para cada época, apercebem-se que há outros bens de primeira necessidade acabando então, por abdicar do psicólogo no plantel.
Dar apoio psicológico aos jogadores é tão importante quanto providenciar-lhes alimentação adequada, programada por nutricionistas. Afinal, o corpo físico e o mental são as duas faces de uma mesma unidade e merecem a igual atenção. Cuidar do corpo significa também percebê-lo como um todo unificado, do qual fazem parte as emoções e as estruturas mentais. O papel do psicólogo responsável pela saúde psíquica de um clube desenvolve-se a partir de uma abordagem das emoções que os jogadores vivenciam na sua rotina de trabalho. A cada novo jogo, uma quantidade de sensações são mobilizadas e, quando não existe assistência psicológica, essas sensações não elaboradas tendem a acumular-se levando, em muitos casos, a que os jogadores realizem actos inconsequentes. Actualmente, são inúmeras as discussões sobre a violência presente nos relvados. Sabe-se que ela não se restringe às claques e que, entre os jogadores, o descontrolo é cada vez mais frequente. 
É desejável que pelo menos o treinador tenha uma sensibilidade "extra" para conseguir lidar com a sua equipa e que consiga orientar a sua equipa o melhor possivel ao nível psíquico. 
Para mim, o ex-seleccionador nacional, Carlos Queirós, falhou porque esta parte passava-lhe ao lado.

Diogo Sousa

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