quinta-feira, 7 de abril de 2011

Estereótipo. Preconceito. Discriminação

 O filme “Colisão”  retrata três importantes conceitos – Estereótipo, Preconceito e Discriminação – bem presentes nas diversas sociedades e culturas de todo o mundo. No desenrolar da acção vão-nos sendo apresentados vários casos e o modo como cada personagem é afectada por eles. Paralelos uns aos outros, os acontecimentos começam a ganhar forma e a sua influência ultrapassa o contexto de vida de cada família; ela invade outras vidas, outras pessoas.

 Estereótipo é um conjunto de crenças, de ideias “feitas”, que transmitem uma imagem simplista de um objecto ou pessoas. Generalizam todos os elementos de um grupo a partir do comportamento de alguns deles. Há, portanto, uma categorização, uma classificação positiva ou negativa em relação ao outro, que surge das interacções sociais.
O preconceito é também uma atitude e tem como base o estereótipo. Através da informação do estereótipo faz uma avaliação, um pré-juízo em relação aos outros indivíduos e aos grupos que os constituem.
Por sua vez, a discriminação são os comportamentos que derivam dos estereótipos e dos preconceitos. Geralmente são negativos e podem acentuar-se em situações de crise (política, económica, social...), variando entre o afastamento à violência e agressão.
Através dos exemplos mencionados podemos estabelecer uma relação com estes temas.

 Porém, é importante referir que tanto os estereótipos como os preconceitos se podem alterar, fazendo com que o acto discriminatório deixe de existir. Perante acontecimentos extraordinários onde vários elementos ou vários grupos sejam obrigados a conhecerem-se melhor, constatar-se-á que, muito provavelmente, esses indivíduos não possuem as características negativas que se julgavam ter.

Mas porque razão ou razões existem os estereótipos, os preconceitos e as discriminações?
À semelhança do que já foi dito, os estereótipos permitem-nos simplificar a realidade social, definindo-se o que está certo e o que está errado. Deste modo, possibilitam-nos uma maior adaptação ao meio que nos envolve – função sociocognitiva. Além disso, através deles reconhecemo-nos num determinado grupo (endogrupo), distinguindo-o de todos os outros (exogrupo). Somos o que somos porque pertencemos a um conjunto específico de elementos, desenvolvendo-se os sentimentos de “nós” e de “eles”, bem como os sentimentos de protecção em relação aos indivíduos com quem nos identificamos e de hostilidade em relação aos indivíduos diferentes de nós.

Relativamente aos preconceitos existe também uma função socioafectiva que explica a sua existência. Tal como acontece com os estereótipos, estes visam a protecção e a coesão do grupo, em detrimento dos restantes.

Por fim, a discriminação é fruto dos dois factores anteriores. Perante a cultura, a época, e as formas de cada um pensar em particular existem diferentes formas de discriminação e diferentes grupos vítimas de discriminação. Varia consoante os valores considerados mais ou menos importantes para seres humanos diferentes.
Filipa Lemos

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