Parte do que somos, a forma como agimos e/ou pensamos deve-se, em grande parte, a todo um conjunto de ideias e conceitos que recebemos da sociedade e que, com os quais, interpretamos o mundo que nos rodeia.
Tudo começa na criação e organização de esquemas mentais produzidos a partir dos diversos elementos que observamos. Na sua base está o processo de categorização, isto é, simplificando os diversos elementos observados, procuramos generalizá-los e categorizá-los consoante os elementos de que dispomos e, assim, permite-nos de uma forma mais rápida, orientarmo-nos na vida social. Contudo, o estereótipo é aplicado de forma automática, nem sempre estando certo, é uma construção social.
Criado o esquema mental, este é alvo de um processo avaliativo, que pressupõe uma componente emocional e de carácter pejorativo. Está concebido assim o preconceito e a base está na informação veiculada pelo estereótipo, isto é, o estereótipo fornece a informação cognitiva e o preconceito acrescenta-lhes a componente afectiva.
Numa fase posterior, é já parte integrante do complexo processo de socialização, onde o preconceito procurará ganhar espaço e afirmação. Como consequência do estereótipo e do preconceito, manifestamos um comportamento, um acto intencional.
Por exemplo, o preconceito racial, conduz à discriminação de pessoas de outras raças, já o preconceito sexista, conduz à discriminação de mulheres e o próprio preconceito religioso, conduz à discriminação das pessoas que professam outras religiões.
“Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos haverá guerra.”
Bob Marley
Carla Ribeiro
Muito bem!
ResponderEliminarResta-nos esperar que as palavras de Marley sejam compreendidas por muita "boa" gente.