terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

John Donne

John Donne
John Donne, um dos poetas mais significantes do Renascimento, nasceu em 22 de Janeiro de 1572, em Londres. A sua infância foi assombrada por inúmeras enfermidades.
Em 1583, completando os seus 11 anos, John Donne e o irmão, Henry, entram para a Hart Hall (agora conhecida como Hertford College), na Universidade de Oxford, onde estudou durante três anos. Posteriormente, foi admitido na Universidade de Cambridge, na qual permaneceu por mais três anos. Em ambas as universidades, foi incapaz de obter o diploma, porque recusou-se a fazer o Juramento de Supremacia exigido dos formandos.
Chegando ao ano de 1591, Donne foi aceito como estudante na escola legal de Thavies Inn, umas das Inns of Court, em Londres, onde estuda Direito. Um ano depois, foi admitido na Lincoln’s Inn, mais uma das Inns of Courts, para estudar Leis. O seu irmão, Henry Donne, morreu na prisão (condenado por ter escondido um padre foragido em sua casa).
 Era um homem que gostava da boémia, da noite e das farras, perdendo-se na juventude entre as mulheres e os pequenos prazeres mundanos.
Em 1596, John ingressou na expedição marítima de Robert Devereux, o II Conde de Essex, em direcção a Cádiz, Espanha. Dirigiu-se em mais uma expedição, desta vez para os Açores, onde escreveu “The Calm”.
Sir Thomas Egerton

Em 1598, tornou-se secretário particular de Sir Thomas Egerton, estabelecendo-se, assim, na casa de Egerton em Londres. Durante os quatro anos seguintes, John apaixonou-se pela sobrinha de Egerton, Anne More, com 17 anos de idade, casando-se, secretamente, em 1601, contra o desejo de Egerton e de seu pai, George More. Este passo arruinou a sua carreira, custando-lhe um pequeno período na Prisão Fleet junto com o padre que os casou e o homem que serviu de testemunha no casamento. Donne foi solto quando o casamento foi aprovado válido, assegurando a soltura dos outros dois também. Assim, em 1609, Donne conseguiu reconciliar-se com o seu sogro, recebendo o dote de sua esposa.
Anne More

Depois de solto, Donne teve de aceitar uma vida calma e interioriana em Pyrford, Surrey. Nos anos seguintes, viveu com dificuldades exercendo o ofício de advogado, dependendo do primo de sua esposa, Sir Francis Wolly, que acolhia a ele, sua esposa e filhos.
Em 1617, após o nascimento do último filho do casal, Anne morre, em 15 de Agosto, aos 33 anos de idade, deixando John Donne ainda mais perdido no mundo e sem vontade de viver. Desde então, Donne consumiu a sua saúde, tornando-se obcecado pela morte.


Durante dois anos, vai em viagem com o capelão junto do Visconde Doncaster até a embaixada dos príncipes germânicos. Em 1620, retoma a Londres, onde, passado um ano, é nomeado reitor da St. Paul’s Cathedral, onde se destaca no cargo e estabiliza-se financeiramente.
Em 1624, são publicadas as reflexões que Donne escrevera enquanto estivera gravemente doente, com o nome “Devotions Upon Emergent Occasions”. Ainda neste ano, foi intitulado vigário de “St Dunstan’s-in-the-West”.
Devido ao estado frágil da sua saúde, é impedido de se tornar bispo, e, passado um ano, algumas semanas antes de morrer, em 1631, John Donne declarou em Londres, “Death’s Duel”, que ficou conhecido como o seu sermão funerário. John Donne acaba por morrer no dia 31 de Março.

Meditation 17 (original)
(excerpt)
"No man is an island, entire of itself; every man is a piece of the continent, a part of the main; if a cold be washed away by the sea, Europe is the less, as well as if a promontory were, as well as if a manor of thy friend's or of the thine own were; any man's death diminishes me, because I am involved in mankind, and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee."


Meditação 17 (original)
(excerto)
"Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo; todo homem é um pedaço do continente, uma parte da terra firme. Se um torrão de terra for levado pelo mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar dos teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do género humano, e por isso não me perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti."

Carla Ribeiro

1 comentário:

  1. Olá Carla.

    Bom artigo sobre John Donne!

    Espero que os teus colegas gostem.

    Obrigado

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